terça-feira, 22 de maio de 2012

Talento não é Hereditário



O primeiro mês na vida de um rouxinol determina o seu destino. Até aqui se admitia que o incomparável canto dessa ave fosse um instinto hereditário. Mas não é assim. 
Aqueles rouxinóis que se cria em cativeiro (gaiola), são tirados na primavera dos ninhos antes de saberem voar. Quando aceitam o alimento e adaptam-se ao ambiente é lhe colocado em companhia um pássaro-professor ao qual todos os dias emite sua canção.
O filhote ouve o canto e é orientado pelo mestre durante um mês.
No Japão, esse método é utilizado há anos. É dado ao pássaro as condições ambientais necessárias ao seu aprendizado. Essa é a "Educação do Talento" do rouxinol.
O pássaro professor faz o papel de mestre. O aluno continua a receber outros treinamentos, mas é da máxima importância que tenha um bom mestre no primeiro mês. 
Se o pequeno pássaro selvagem vai desenvolver más ou boas qualidades sonoras, é decidido no primeiro mês pela voz ou tom de seu professor. Não é nenhuma questão ter nascido mau ou bom cantor. Mesmo no caso do rouxinol, a força da vida tem uma potência maravilhosa de se adaptar ao ambiente. Se tem um bom professor vai, através das transformações fisiológicas, aprender a produzir sons tão belos como os de seu professor. Mas se um pássaro chega a um professor desses depois de ter sido criado por rouxinóis selvagens não consegue tanto sucesso, como tem sido comprovado em muitas experiências.
Essa é a formação das potencialidades da vida. O exemplo do pequeno rouxinol não é também uma sugestão valiosa para o desenvolvimento do potencial humano?
Adaptado do Professor Suzuki