sábado, 26 de maio de 2012

Yeats


"Muitos crêem que os humanos criaram as divindades, e que podem desfazê-las novamente; mas nós, que as vimos passar com seus arreios tilintantes e trajando túnicas suaves, nós que ouvimos suas vozes articuladas enquanto permanecíamos como que em transe mortal, sabemos que elas estão constantemente criando e desfazendo a humanidade". 
William Butler Yeats

Comportamento do Guerreiro


Quando comecei ler Castañeda não sabia da enorme interferência que seus conceitos fariam dentro de mim.
Era bastante claro que nós seres humanos temos um nível altíssimo de autopiedade e apagar minha história pessoal era bastante difícil.
Na medida em que decidi começar me autodedicar como guerreira, uma das regras básicas dessa nova conduta era exatamente dizimar meu histórico de pensamentos sociais.
Autotreinamento talvez não seja o mais indicado, mas a minha vontade despertou naquela época sem nenhuma influência de outra pessoa e entendi que era um designo do espírito e eu não podia desprezá-lo.
Na verdade, foi praticamente impossível perceber o que Don Juan queria dizer com  "Impecabilidade", até começar a colocar em prática...
Somos aficcionados por nossa rotina e o papel que desempenhamos para as outras pessoas.  Como estas nos enxergam e nos julgam afetam diretamente nosso modo de agir e pensar, obrigando-nos a ser um padrão de comportamento. Me desprender disso tudo, tornou-se o meu desafio!
Como guerreira, minha tarefa é ser impecável e não ter história pessoal, não interessa o que eu fui, não interessa onde eu fui, não interessa como eu fui, o que realmente interessa é o Comportamento do Guerreiro. 
Como se fosse uma nova interface, você veste uma roupa nova e encara o mundo como um desafio, não por pena ou benção, mas exclusivamente um mortal desafio.
Isso foi em 2002 ou 2003, eu já estava bastante tempo em busca da minha espiritualidade, mas suas palavras exerceram um poder muito forte sobre mim, despertando o meu lado "pronto para a batalha" adormecido.
E nesta batalha, incluem-se elementos como responsabilidade sobre suas ações e respeito à Terra, sem medo ou vangloriar-se por determinados atos, entendendo que a morte está a nossa espreita à um braço de distância do nosso lado esquerdo e não temos tempo para agir errado.
Esses conceitos retirados das obras de Castañeda são a base de uma evolução, estou feliz de estar entendendo e encaixando as peças deste quebra-cabeça, ao qual a última peça só será colocada no dia da minha passagem me dando oportunidade de viver livre como nagual no outro mundo.
Vejo que preciso de muito treinamento...
Ainda falta um longo caminho à percorrer, mas creio estar na direção certa. 

terça-feira, 22 de maio de 2012

Talento não é Hereditário



O primeiro mês na vida de um rouxinol determina o seu destino. Até aqui se admitia que o incomparável canto dessa ave fosse um instinto hereditário. Mas não é assim. 
Aqueles rouxinóis que se cria em cativeiro (gaiola), são tirados na primavera dos ninhos antes de saberem voar. Quando aceitam o alimento e adaptam-se ao ambiente é lhe colocado em companhia um pássaro-professor ao qual todos os dias emite sua canção.
O filhote ouve o canto e é orientado pelo mestre durante um mês.
No Japão, esse método é utilizado há anos. É dado ao pássaro as condições ambientais necessárias ao seu aprendizado. Essa é a "Educação do Talento" do rouxinol.
O pássaro professor faz o papel de mestre. O aluno continua a receber outros treinamentos, mas é da máxima importância que tenha um bom mestre no primeiro mês. 
Se o pequeno pássaro selvagem vai desenvolver más ou boas qualidades sonoras, é decidido no primeiro mês pela voz ou tom de seu professor. Não é nenhuma questão ter nascido mau ou bom cantor. Mesmo no caso do rouxinol, a força da vida tem uma potência maravilhosa de se adaptar ao ambiente. Se tem um bom professor vai, através das transformações fisiológicas, aprender a produzir sons tão belos como os de seu professor. Mas se um pássaro chega a um professor desses depois de ter sido criado por rouxinóis selvagens não consegue tanto sucesso, como tem sido comprovado em muitas experiências.
Essa é a formação das potencialidades da vida. O exemplo do pequeno rouxinol não é também uma sugestão valiosa para o desenvolvimento do potencial humano?
Adaptado do Professor Suzuki

A Batalha das Árvores



Tive muitas formas
Fui uma fina lamina de espada
Creio que quando surgir
Fui uma lágrima no ar
Fui uma estrela brilhante
Fui a palavra de um livro
Fui o conto nas origens
Fui a luz das lanternas
um ano e meio
Fui uma ponte para cruzar
sessenta rios.
Viajei como uma águia
Fui um coracle sobre o mar
comandante em batalha
Fui uma gota de chuva
Fui uma espada na mão
Fui um escudo na batalha
Fui uma corda em uma harpa
Encantado por um ano
nas espumas das águas
Fui uma fagulha no fogo
uma árvore no descampado
Nada existe que já não tenha sido
desde que eu era uma criança pequena, travei a batalha
em Goddeu
diante do governante bretão,
dono de muitas frotas
Bardos indiferentes fingem,
Fingem ser uma fera monstruosa,
com uma centena de cabeças
e um serio combate
Na raiz de sua língua.
E outro luta ocorre
atrás do seu pescoço
Um sapo preto que tem nas coxas
uma centena garras,
Uma serpente com crista malhada,
Por punir na carne deles
uma centena de almas, por seus pecados
Eu estava em Caer Fefynedd
em busca de ervas e árvores para a batalha
os menestréis os perceberam,
os guerreiros ficaram surpresos
com a renovação das guerras
Tal como Gwydion fez.
Clamam os céus
E pedem a Cristo o inicio
até a hora da redenção
Senhor que tudo fez
O Senhor respondeu
através de encantos e habilidade mágica
conjurar as nobres árvores
juntos para a luta
resistir à multidão
inexperiente em batalhas.
Quando as árvores foram encantadas
Houve esperança em forma de árvores
Que iriam frustrar a intenção
dos fogos das redondezas (...)
melhor são três unidos
e divertindo-se em círculo,
um deles relatando
a história do dilúvio
e da cruz de Cristo
do julgamento final já próximo
Os amieiros na linha da frente
deram início
os salgueiros e árvores agitadas
Foram tarde para se juntar ao exército
A amexeira é uma árvore
pouco amada pelos homens
a nespereira de natureza semelhante
combate severamente.
O faveiro acoberta em sua sombra
um exército de fantasmas,
a franboesa não fornece
o melhor alimento.
No abrigo vivem
o alfeneiro e a madressilva
e a hera, cada qual em sua estação.
Grandioso é o tojo na batalha.
a cerejeira foi repreendida.
O vidoeiro, embora tão magnânimo,
chegou tarde em seu lugar;
não é um covarde,
mas pelo seu grande tamanho
A aparência do (...)
é aquela de um estrangeiro selvagem.
O pinheiro da corte,
forte na batalha,
foi por mim grandemente exaltado.
Na presença de reis,
os olmeiros são seus súditos.
Mas não se desvia de seu curso,
e golpeia diretamente o centro
no extremo mais afastado.
a aveleira é o juiz,
suas bagas são seu dote.
O alfeneiro é abençoado.
Fortes chefes de guerra
São o (...) e a amoreira.
Próspera é a faia.
O azevinho verde-escuro,
era muito corajoso:
defendia-se com espinhos de cada lado,
ferindo as mãos.
Os resistentes álamos
muito se partiram na luta.
A samambaia pilhada.
As giestas com suas crias:
O tojo não se comportou bem
até que foi subjugado.
A charneca estava consolando,
confortando as pessoas.
A cerejeira negra estava perseguindo.
O carvalho se movia agilmente,
tremendo diante dele os céus e a terra,
sólido guardião contra inimigos
cujo nome está por todas as terras.
Os feixes de trigo
foram postos a queimar.
Outros foram rejeitados
por causa dos buracos feitos
com grande violência
no campo de batalha.
Muito irado o (...)
Cruel e sombrio freixo.
Tímido o castanheiro,
afastando-se da felicidade.
Haverá um tétrica escuridão,
um tremor da montanha,
Haverá um formo purificador,
e primeiro, uma enorme onda,
e quando o grito se ouvir,
brotarão folhas novas nas copas das faias,
Transformando-se e renovando-se de um estado ressequido;
Cerram-se e entrecruzam-se as copas dos carvalhos.
Desde de Gorchan de Maelderw.
Sorrindo ao lado da rocha,
estava a pereira, que não tinha natureza ardente.
nem de mãe, nem de pai,
quando fui feito,
era meu sangue ou meu corpo;
De nove tipos de faculdades,
do fruto dos frutos,
do fruto, Deus me criou,
da flor da prímula montanhesa,
dos rebentos das árvores e arbustos
da terra de tipo terrenal.
Quando fui feito
das flores da urtinga,
da água da nona onde,
fui enfeitiçado por Math (...).
Antes que me tornasse imortal.
Fui enfeitiçado por Gwyndion,
grande feiticeiro dos bretões,
De Eurys, de Eurwn,
De Euron, de Medron,
em miríades de segredos,
sou tão erudito quando Math (...).
Sei a respeito do imperador
quando estava semiqueimado.
Tenho o conhecimento das estrelas
anteriores à terra (ser feita),
delas é que nasci,
quantos mundos existem.
É costume de bardos perfeitos
recitarem louvores a seu país.
Brinquei em Lloughor,
dormi em púrpura.
Não estive eu enclausurado
com Dylan Ail Mor,
num leito ao centro,
entre os joelhos do príncipe
apoiado sobre duas lanças toscas?
Quando do céus vieram
as corredeiras para dentro das profundezas,
turbilhoando de mondo violento.
Conheço oitenta canções
para satisfazer a vontade deles.
Não há velho nem jovem,
exceto eu quanto a seus poemas,
que saiba a totalidade dos novecentos
que são de meu conhecimento,
relativos à espada manchada de sangue.
A honra é meu guia.
Rico é o ensinamento que transmite o Senhor.
Sei como sangrar o javali,
como ele aparece e como desaparece
E como conhece os idiomas.
Conheço a luz cujo nome é Esplendor,
e iluminárias que servem de guia
e desfecham raios de fogo
lá de cima, por sobre as profundezas.
Serpente marcada sobre a colina
e uma víbora num lago fui;
Outrora, má estrela fui
e mó de moinho também.
Minha batina é toda vermelha.
Não profetizo nenhum mal.
Oitenta baforadas de fumaça
a todos que os levarem embora:
e um milhão de anjos,
na ponta de minha faca.
Lindo é o cavalo baio.
Mas cem vezes melhor
é o meu de cor creme,
rápido como a gaivota
que não me consegue ultrapassar
entre o mar e o litoral.
Não sou proeminente no campo de sangue?
Tenho cem partes dos despojos.
Minha coroa é de gemas vermelhas,
de ouro é a borda de meu escudo.
Nunca nasceu alguém tão bom quanto eu,
ou por alguém fora conhecido,
exceto Goronwy,
dos vales de Edrywy.
Longos e brancos são meus dedos,
faz muito tempo de quando fui pastor.
Viajei pela terra
antes de me tornasse erudito.
Viajei e completei um circuito,
Dormi numa centenas de ilhas;
Residi numa centenas de cidades.
Ó druidas eruditos,
profetizais sobre Arthur?
Ou será a mim que celebram
e à crucificação de Cristo,
o já vindouro Juízo Final
e alguém que narra
a história do dilúvio?
Com uma jóia de ouro
estou adornado
e me entrego ao prazer
após fura faina de ouvires.

Taliesin

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A mulher e o lobo



Uma mulher saudável é muito parecida com um lobo, grande força de vida, doação de vida, ciente de seu território, intuitiva e leal. Porém, a separação de sua natureza selvagem faz com que uma mulher torne-se escassa, ansiosa, e temerosa.

A natureza selvagem contém a medicina para todas as coisas. Ela transporta estórias, sonhos, palavras e canções. Ela carrega tudo que uma mulher precisa ser e saber. Ela é a essência da alma feminina...

Com a natureza selvagem como aliada e professora, nós não vemos apenas com através de nossos olhos, mas através dos muitos olhos da intuição. Com a intuição nós somos como uma noite estrelada, nós observamos o mundo através de milhares de olhos.

Isto não significa perder as socializações básicas de uma pessoa. Isto significa totalmente o oposto. A natureza selvagem tem uma integridade vasta com ela. Significa estabelecer território, encontrar o grupo de uma pessoa, estar em um corpo com certeza e orgulho, falar e agir a favor de si mesma, estar consciente, extrair os poderes naturais da intuição feminina e elevar-se com dignidade, proceder como um ser poderoso que é amistoso, mas nunca domesticado.

A mulher selvagem é aquela que troveja na face da injustiça. Ela é aquela pela qual nós abandonamos o lar para procurar e aquela pela qual nós retornamos ao lar. Ela é intuição, consegue ver longe, ouvir profundo, e ela tem um coração leal.

Ela deve vagar pelas antigas sendas, defender seu conhecimento instintivo, orgulhosamente ostentar as cicatrizes de batalha de sua época, escrever seus segredos em paredes, recusar ser envergonhada, liderar o caminho, ser astuta e usar sua perspicácia feminina.

Onde podemos encontrá-la? Ela caminha nos desertos, cidades, florestas, oceanos, e na montanha da solidão. Ela mora nas mulheres em todos os lugares: em castelos com rainhas, nos escritórios e nos ônibus noturnos para os subúrbios.

Ela mora em um local distante que abre caminho através de nosso mundo. Ela mora no passado e é convocada por nós. Ela está no presente. Ela está no futuro e caminha de volta no tempo para nos encontrar agora. 
Mulher selvagem sussurra as palavras e os caminhos para nós, e nós a seguimos. Ela corre à nossa frente, mas para e espera para ver se nós a estamos alcançando. Ela tem muitas coisas para nos mostrar.

Quer você possua um coração simples ou ambicioso, quer você esteja tentando alcançar o grande sucesso ou apenas atingir o dia de amanhã, a natureza selvagem pertence a você.

Não seja uma tola. Volte e fique sob aquela flor vermelha e caminhe, direto em frente para superar a última milha mais difícil. Escale até a caverna, rasteje através da janela de um sonho, examine o deserto e veja o que você encontra. É o único trabalho que temos que fazer.

Sem nós, a mulher selvagem morre. Sem a mulher selvagem, nós morremos. Para a verdadeira vida, ambos devemos viver. 

O instinto maternal em cada um de nós é a Medicina do Lobo. Pois o Lobo é uma progenitora, e um progenitor. De forma simplificada, isto significa que o lobo detém a energia paternal e maternal em sua vibração. Esta é a verdadeira Medicina do Lobo. A Medicina do Lobo com a qual uma mulher caminha, que ela chama de intuição, é o Lobo amigo dela. No antigo caminho, o lobo amigo era conhecido por vir ao vilarejo proteger as crianças.
Esta energia do lobo amigo vem do sobrenatural. É a parte sobrenatural da mulher que sabe como alterar seu amor, sua intenção, e suas habilidades de criação para a forma do Lobo. Assim, ela vem ao vilarejo na forma de uma Loba, para proteger as crianças e os mais
velhos carentes.


The Soul of the Indian
Dr Charles Alexander Eastman, 1911
born Ohiyesa of the Santee Sioux, in 1858 —

Achei o ponto de equilíbrio



Dentro do que se pode chamar de religião sempre fui uma buscadora, nunca me contentei. Sempre insisti em querer ver fontes e buscar assuntos que são de meu interesse. Sozinha é difícil chegar a qualquer ponto. Mas foi sozinha que através dos meus livros, cheguei aos inícios de qualquer intuito, e fui me conectando as fontes de sabedoria. Mitologia, esse foi o meu começo, e acredito que a maioria dos que que eu conheço, eu deveria ter mais ou menos  uns 13 anos.
Desse ponto em diante meu interesse pelas forças da natureza foi crescendo em uma esfera maior do que eu imaginava, foi me levando de encontro a pessoas e listas de discussão, fui parar em lugares que hoje não me vejo, sendo em algumas vezes até “podada” e burlando o regulamento de determinadas hierarquias, li sobre vários assuntos que em alguns “grupos” eram exageradamente fora do tema com punição aos que os mencionavam. Sim, eu realmente estava errada.
Estava procurando no lugar errado e por isso as pessoas não entendiam o que eu queria.
Não estou aqui para decretar situações e causar polêmicas, mas gosto de discutir sobre o que me interessa e ainda não consegui "entender o mal" que pode haver ler livros, buscar fontes e perguntar sobre as dúvidas que temos?
Enfim, como me defino uma buscadora, entendi que cheguei ao que eu queria depois de bater muita cabeça e decidir ir sozinha atrás dos meus insights.
Achei o ponto de equilíbrio:
Planar!!! A falta de chão deve me libertar a criatividade, não me provocar terremotos insones...
Hoje vendo senhores sacerdotes sendo queimados vivos por suas palavras incondicionais, tenho esta contestação de que mesmo dentro do paganismo existem egos e alter-egos inalterados... E o peixe morre pela boca. 
Os Deuses estão nas nossas vidas sempre colocando provas de sua existência, no começo de minha jornada solitária, sempre pedi em meus ritos e preces, encontrar gente séria que estivesse na mesma sintonia, que me ensinasse a chegar cada vez mais perto de minhas divindades, que me mostrasse como me encontrar com a Terra verdadeiramente, como filhos da mesma Mãe, porém acho que passar pelo caminho subterrâneo pode ser valoroso e um aprendizado interessante à quem está a busca de si mesmo.
Assim como uma árvore grande e centenária se adaptando ao solo, e conectada com outras raízes, estou encontrando minhas árvore-irmãs abraçando o planeta. 
Hoje, essa Natureza perfeita, está me ensinando uma maneira de cultuá-la exclusivamente, e, eu só tenho a agradecer esse sentimento a cada dia mais sólido e enraizado dentro de mim. 

Clareira



Minha cabeça está cedendo às vozes que surgem de meu coração...
Depois de passar dois dias incríveis, estava com pessoas que mesmo sem conhecer a muito tempo, me vi cercada de amigos com qualidades infindáveis e cheios de características impressionantes, que me permitiram estar entre eles compactuando de suas crenças, aprendendo a transcender, sorrindo e saudando nossos Deuses.

Quem lê esse texto, pode achar que eu estava em alguma tribo indígena tentando me adaptar aos seus costumes. Não necessariamente, mas praticamente isso...
Tribo, foi assim que me senti, com nome de árvore e tudo.
Sabe quando a gente busca um caminho durante sua vida toda e de repente entende que a coisa é mais simples do que imaginamos?
No meio de gamos e cavalos, clareira de árvores, o bater das asas dos morcegos e o amanhecer dos passarinhos me vi encarando esse processo de transformação.
Abandonando certos padrões, mágoas e verdades não tão absolutas...

Samhain e Beltane são assim, transmutação. Dois festivais opostos mas que possibilitam véus tênues e acesso livre entre os mundos...
E eu dormi lá do outro lado, navegando nas águas de Mananann e acordei feliz.

Que lindo!