quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Erotismo

"... A mulher quer sentir a presença física de seu homem, sentir as mãos dele sobre sua pele, a força doce e acolhedora de seu abraço, seu cheiro, a mistura dos cheiros, que se torna perfume. Quer ouvir sua voz profunda a chamá-la. Quer sentir a aspereza de seus pêlos, o peso de seu corpo, a força delicada de sua mão, o leve contato de entendimento entre seus dedos, o furtivo tocar-se que renova a declaração de amor de maneira infinitamente melhor que quaisquer palavras. Quer perceber sobre si seu olhar e, ao mesmo tempo, sentir o roçar do tecido leve no bico dos seios. Sentir-se desejada quando caminha, e que aquele desejo é provocado pelo meneio sensual de seus quadris. Quer sentir o cheiro das roupas dele, de seu corpo viril, a onda excitante do perfume de mulher que se mistura ao dele, que é também mistura de emoções. "

O Erotismo
Francesco Alberoni

terça-feira, 7 de abril de 2009

Reciclagem sentimental?


Sensibilidade audaciosa esta minha...
Provocando minha imaginação, ela deixa minha pele arrepiada levando minha mente aos resíduos do coração
Se é que ainda tenho um...
Acho que sim, se não como explicar este fluxo de imagens constante em minha cabeça?
De algum material orgânico, deveria ser reciclado a cada utilização, assim poderíamos descartar os desejos nocivos que se instalam dentro dele e inserir novas paixões.
Seria muito melhor, pois como explicar um órgão de extrema importância sendo usado com tanto desprezo..
Vazio ele se torna mais incoveniente do que cheio de raiva.. e pesa, pesa mais vazio do que cheio
Poderíamos então ter um coração descartável, assim toda vez que se precisasse era necessário usar um novo, e era só jogar o outro fora? E esse dava para fazer um outro coração para quem precisasse.
É, qualquer que seja a ciência pode tentar usar essa idéia, fica aqui meu apelo aos gênios para considerarem este pedido...
Se bem que é difícil jogá-lo fora, esse é o desafio, como tirá-lo de cena?

Ou como seria nossa vida sem todos os desejos do coração?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Exercício de Aterramento ou Conexão com Mãe Terra



 Quando os eletricistas preparam os locais para trabalharem coma energia elétrica, eles têm que aterrar o sistema, protegê-lo do fluxo impróprio de energia. Quando nós estivermos canalizando energia por nossos corpos, nós devemos fazer o aterramento para obter melhores resultados.Assim, para nós o aterramento significa que estamos conectados com a terra e, consequentemente , com a sua energia.
Como você aterra? Há muitos modos diferentes de aterramento, todos com o mesmo resultado:fazer com que você se sinta conectado com a terra.Você pode usar a energia da terra para equilibrar e curar, você pode usar a energia da terra em pessoas , plantas e animais, e no próprio planeta.Quanto mais você praticar aterramento e canalização de energia, mais fácil se tornará e um canal mais efetivo você será.
Ao nos conectarmos com a energia da Mãe Terra nos sentimos nutridos, acolhidos, amparados e estimulados para manisfestar a cada dia em nosso caminho sagrado nosso verdadeiro propósito de vida.
O exercício seguinte é bom para praticar a forma de canalizar a energia da terra, bem como para aterrar e ajudar na cura de nosso planeta.Quando nós canalizamos a energia da terrra, do planeta, que sobe através de nossos corpos, e desce, voltando ao planeta, nos enviamos a terra a transformação e a energia de cura, diferente da que ela nos ofereceu.
1- Levante-se vigorosamente, firmemente, com os pés no chão, paralelos e afastados na mesma largura dos ombros.Mantenha seus joelhos ligeiramente dobrados.
2- Relaxe e respire com sua atenção voltada para as solas dos pés, com suas pernas o sustentando.
3- Mantenha sua atenção nos seus pés.Imagine que seus pés estão afundando abaixo pelo chão na terra.Plante seus pés na terra.
4- Imagine que você é uma árvore, que suas raízes crescem descendo pela terra abaixo de seus pés.Deixe as raízes afundarem profundamente na terra, pelas camadas de terra e que atinjam o centro quente, vibrante, fundido na terra.Uma vez que suas raízes alcancem o centro da terra, imagine que pode prender uma âncora a elas, uma âncora que lhe permite mover-se livremente, mas que o mantém conectado a terra.
Wagner Gasparine

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Black Bird



Sou um pássaro negro voando sem ser descoberto
Ninguém me vê. Nem mesmo quando vôo planando à superfície, com meu bico roçando o chão
Existem boatos que o pássaro negro já foi visto pela noite. Inclusive, ele só aparece de noite
Alguns o definem como tímido, o louco, insano, e denominações infames...
Mas ainda ninguém viu o pássaro preto de verdade!
Ninguém nem sabe como ele é e o que se passa na sua cabeça. Apenas deduções que são feitas e alusões aos antecedentes do pássaro.
Fantasmas e zumbis perseguiram-me sem cessar durante anos tentando me aprisionar.
Consegui fugir no meio da noite, pois é nela que me camuflo.
De dia, estou à deriva, voo tão alto que não se pode me ver...
Impressões e relatos à parte, é difícil descrever o pássaro
Ninguém nunca o viu de verdade!!!

Donatien Alphonse François de Sade, o Marquês de Sade


“A mais elevada de todas as loucuras é envergonharmo-nos das inclinações que recebemos da natureza; e fazer pouco dum qualquer indivíduo que tem gostos singulares, é absolutamente tão bárbaro como o seria mofar dum homem ou duma mulher saído zarolho ou coxo do seio da mãe, mas insinuar estes princípios razoáveis a néscios é empreender parar o curso dos astros. Existe uma espécie de prazer para o orgulho em rir dos efeitos que não se tem, e estes gozos são tão doces ao homem e particularmente aos imbecis, que é muito raro vê-los renunciar-lhes... Isso provoca, aliás, maldades, frios ditos de espírito, fracos trocadilhos, e para a sociedade, ou seja, para uma coleção de seres que o tédio junta e que a estupidez modifica, é tão doce falar duas ou três horas sem nada dizer, tão delicioso brilhar à custa dos outros e anunciar estigmatizando-o um vício que se está muito longe de ter... é uma espécie de elogio que se pronuncia taticamente sobre si mesmo; por este preço consentem até em se unir aos outros, em fazer cabala para esmagar o indivíduo cujo grande erro é o de não pensar como o comum dos mortais, e retiram-se para casa inchados do espírito que mostraram, quando só provaram radicalmente por uma tal conduta pedantismo e tolice”

Marques de Sade