sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Tribo

No começo éramos uma tribo
Uma tribo onde todos como irmãos compartilhavam suas danças e suas canções
Seu alimento, seu carinho e suas encantarias
Nesse começo, muitas outras tribos e juntaram
E outras e outras
Formando uma clareira só de amor, proteção e realização do sagrado
Entoávamos nossas bençãos e mantras
Brindávamos as primaveras
Meditávamos no céu, na terra e no mar
Isso era assim no começo

Um dia uma onda de energia
Mostrou uma máscara por detrás de um rochedo
Nem todos da tribo foram suficientemente fortes
Nem os que se diziam guerreiros aguentaram as revelações
Como um raio ofuscante acertou todos os membros

Já não eram mais líderes, eram inimigos
E afundaram os clãs com suas mesquinharias e suas fofocas
Frases recitadas no intuito de ferir
Maldições e pregações
Hipocrisias levantas e exaltadas individualmente

Por detrás acusavam e apontavam, na disputa de um só comandar
Como inquisidores só que em um tempo mais primitivo
Todos queriam se beneficiar do caos por mais poder
Palavras que sangravam, palavras que distorciam a verdade
Uma onda de maldade perseguia seus corações

A tribo entrou em guerra
E outras máscaras foram caindo ao redor
Começou-se a perceber que algum cataclisma
Havia provocado algo arrasador

Uma bola de neve vinha rolando e machucando quem estivesse no caminho
Vinha descendo montanha abaixo
Retirando e juntando que estava ali no meio
Fenômeno este que paralisou toda a tribo
Dias depois a aldeia não existia mais

Alguns anos se passaram e os clãs se separaram
Não haviam mais canções
Nem sorrisos

E aqueles que sobreviveram, estavam sozinhos
Uma Era dura e árdua apareceu
Surgiram apenas lembranças de um tempo que todos eram felizes
E essa dor, deixava apenas os dias mais compridos

Desiludidos e desesperançados de um amanhã
Na mesma época de primavera
E no mesmo lugar onde a avalanche devastou
Começaram a nascer novas árvores
E novas formas de vida
Os Deuses apareceram
Se mostraram coerentes
E explicaram a causa de tudo aquilo
"Filhos, a mentira deve cair! Como uma bola de neve que vai rolando e machucando tudo aquilo que estava no caminho.
Porém a verdade, limpa de tudo aquilo que se devastou, faz com que surjam novas possibilidades e vidas completamente sinceras

Que sejamos uma nova tribo, agora mais unida e sem máscaras
Que possamos cantar, subir em nossas novas árvores e caminhar sobre elas
Que possamos celebrar a vida nova que brota, germinando o amor
Que possamos plantar sementes de paz e não dessacralizar nosso caminho"

Assim, os Deuses se despediram subindo na ponta da última árvore mais alta que nasceu
Jogando sementes coloridas por todo campo
E a vida se recompôs novamente...

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

domingo, 25 de agosto de 2013

O Bom Pai

Peço proteção ao Grande Dagda enquanto durmo
E viajo para os mundos que frequentemente
Não habito em corpo, mas não desconheço
Mas me é permitido dançar livremente a Grande Canção
Peço a gentileza de me conduzir
Vislumbrar um pouco desta beleza enquanto durmo
Para ser honrada de me alimentar do seu caldeirão
Antes de adormecer, lembro de escutar o som do Suantrai,
Ao dedilhado da harpa do pai de todos
Que durante este breve jornada sonhadora
Eu desperte a sabedoria de rir e chorar
E preparar para as batalhas de um novo dia
Que eu encontre em meus sonhos as respostas
Que tanto procuro quando estou acordada
Que a vibração de suas cordas
Harmonize meu amanhã, hoje e sempre.

Prece de Bri enquanto filha

Mãe do fogo
Que eu possa sempre preservar sua chama
Como uma filha mantém o sangue da mãe
Égua vermelha
Senhora das nascentes
São todas suas minhas lágrimas e,
A fluidez das águas de meu corpo
Que minh'alma se entregue a cura de suas mãos
Enquanto protegemos o mundo de tantas maldições
Que eu sinta a delicadeza de seu Manto sagrado
Nos meus ombros quando eles estiverem pesados
Que haja transformação

Fogo da forja molda minhas atitudes
Molda meus pensamentos
Brighid dos cabelos trançados
Iluminai sua filha, seus filhos, seu rebanho.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Tribos-Pássaro



... Apareço no mar, no vento, na terra, na luz da estrela. Apareço no Sol. Apareço nas montanhas e na chuva do deserto. Eu sou a estrela e eu sou a pedra. Sou o pássaro e o peixe, céu e mar. Um e tudo, eternamente, eu venho diferenciando, multiplicando, refratando como um raio de luz através de dez mil pérolas, prismas de pingos d'água, suspensos na esfera mais alta da Terra. Venho brilhando, para tocar a superfície de mundo-matéria, coro chapinhante, multicolorido, de Homens-Luz e de Mulheres-Luz, criados para proporcionar beleza, amor, ordem e graça a essa dança sagrada com forma atômica.
Poeira cósmica. Luz Estrelar. Congelada ....
...Somos Filhos da Luz...
...Somos as Tribo-Pássaro.
(Ken Carey)