Muito difícil falar
superficialmente, mas por coincidência ou ironia do destino mesmo, na semana
que meu pai foi para o hospital e ficou na UTI, eu comecei a ler “O Livro Celta
dos Mortos” de Caitlin Matthews, achei que o livro falaria especificamente sobre a cultura de
morte dos celtas, mas vi que se o assunto ia bem além disso.
O livro narra superficialmente a história "A Viagem de Mael Duin" com a abordagem para oráculo, tentando transmitir o ensinamento mitológico do Immrama.
Quando eu descobri literalmente do que o livro se tratava eu entendi porque eu comecei a ler aquele livro, a idéia de que meu pai iria partir se tornou muito forte naquela semana e aquele livro estava me dizendo como ajudá-lo a ir e tentar ser forte do lado de cá, o porquê das coisas estarem acontecendo, e a lição que eu deveria entender...
O livro narra superficialmente a história "A Viagem de Mael Duin" com a abordagem para oráculo, tentando transmitir o ensinamento mitológico do Immrama.
Quando eu descobri literalmente do que o livro se tratava eu entendi porque eu comecei a ler aquele livro, a idéia de que meu pai iria partir se tornou muito forte naquela semana e aquele livro estava me dizendo como ajudá-lo a ir e tentar ser forte do lado de cá, o porquê das coisas estarem acontecendo, e a lição que eu deveria entender...
Quando eu terminei o livro
eu estava no aeroporto de Campinas indo para Brasília reconhecer o corpo de meu
pai.
Não vou dizer que foi super
fácil, mas entendo completamente que ele voltou ao grande Caldeirão e que lá
ele está bem, em Samhain eu estava tão feliz de saber que ele conseguiu
atravessar, não me perguntem como, mas eu sabia que ele estava bem, senti uma
emoção muito forte, me vieram até lágrimas pois eu sabia que a matéria não era
mais necessária, a dor acabou e que agora ele era eterno.
Castañeda disse que a morte
ficava a um braço de distância da gente, que se olhássemos à esquerda
poderíamos vê-la, que éramos tolos de achar que éramos imortais e não
aproveitar o tempo agora, se programando para daqui anos e anos, que a qualquer
momento, à sua esquerda ali estava ela..
Quanto ao comportamento,
não sou um exemplo de conduta, mas prefiro agir corretamente, tenho em mente
que todos os meus caminhos me levam à evolução, e não quero sair deles para estagnar este
processo.
Entendo que não nasci para dar errado e que uma vez como guerreira sou obrigada a enfrentar todos os desafios enviados a mim, como prova de bravura, só posso melhorar comigo mesma se superar meus próprios obstáculos.
Entendo que não nasci para dar errado e que uma vez como guerreira sou obrigada a enfrentar todos os desafios enviados a mim, como prova de bravura, só posso melhorar comigo mesma se superar meus próprios obstáculos.
A propósito, na foto acima, não é Mael Duin e sim Manannan em sua barca...