sábado, 7 de julho de 2012

Apontar



Acho interessante quando as pessoas mencionam sua espiritualidade como um clichê vendável, quase político. "Sou fulano, faço isso, vote em mim. Você age errado, você isso, você aquilo."
Bem inquisidor isso...
Com que autonomia as pessoas se acham mais do que as outras? Qual é o parâmetro utilizado para tal referência?
Se tudo fosse fácil, que graça teria permanecer toda sua existência em um clima morno, sem chuva, sem sol, sem emoção, sem cor, sem sabor, sem nada?
Agora, me poupem com sermão religioso...  Senhores da razão, observem-se.
Grandes Druidas, sacerdotes antigos, muitos sábios em todas as mitologias, e, até Odin ficou 9 noites, pendurado em uma árvore para alcançar a sabedoria.
O maior trabalho é interno, e os que sabem disso não estão preocupados com o tipo de vida que os outros levam. Orientação é uma coisa boa quando alguém te pede, tem muito sapo de fora chiando. Antes de pregar, verifique-se. 
Acho que as pessoas deveriam se desculpar menos, meter menos o pau e agir mais em prol de sua espiritualidade.
Ter uma religião não é um rótulo que se usa para falar coisas bonitas ou citar fatos históricos mundiais. Dons não são coisas demonstráveis, não precisam ser divulgadas para ser posto eu um pedestal. Tem um quê de responsabilidade nisso, e o talento pode virar maldição.
Por isso, venho adquirindo uma postura há algum tempo: me preocupo com que está dentro de mim!
Se há outra pessoa preocupada demais com meu pensar ou agir, então esta sim tem problemas.
Os meus estão domesticados e só eu sei como fazer isso.
Me preocupo em não fazer o mal e ajudar se assim eu puder. Sem interferir nas escolhas alheias.
Todo caminho começa internamente e dele faço as minhas buscas.
Tenho opções de acertar ou errar, mas em todas elas aprender.
Não vou me dedicar a consertar ninguém, enquanto meu maquinário estiver todo em reforma (o que leva uma vida inteira). 
Ciente disso, me dedico inteiramente à cuidar de minha alma ao som da Harpa do Pai de Todos.