sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Semente

Acho que não são os propósitos escritos em livros que se quer saber, e sim como aplicamos na nossa rotina o conceito meio druídico de se levar à vida.

Também não vou descrever meu dia a dia, mas citar alguns pontos redundantes...
Para mim, separar a vida cotidiana da vida céltica digamos assim, é um pouco difícil tendo em vista que muitos pontos se tratam já de uma filosofia de vida. Demorei para escrever um pouco, pois não queria parecer que descrevi um modo de vida que não é o meu, como se tivesse lendo um livro sobre a filosofia de vida dos celtas e dando uma resumida.
Eu acredito que tudo que fazemos ao outro volta com força intensa, baseada neste princípio evito atitudes prejudiciais aos outros seres, pois sei o quanto à natureza nos cobra por este comportamento.
Acho que isso realmente ficou na minha cabeça de alguma maneira ao ponto de escutar fortemente minha intuição, saber quem me liga ou toca a campainha, ao ponto de fazer comida fazendo uma prece, ou de conversar com meus gatos e minhas plantas. Principalmente, quando a gente entende o que eles respondem. 
Uma vez eu li em um livro que um sábio disse ao aprendiz que não havia humildade suficiente para escutar o que as plantas e os animais diziam, durante muitos anos, tentei “escutar” o que eles diziam e sempre me lembrava desta frase, até que de repente eu comecei a entender. 
Eu não precisava mais escutar nada, eu sabia o que eles queriam, é uma questão de não se colocar acima deles. 
Não achar que somos superiores pq somos seres humanos, a planta e o bicho são tão magníficos quanto todos os seres que habitam este planeta, e quando você se coloca em um parâmetro de igualdade, começa a entender à voz da natureza.
O ser humano acha que é melhor por ter inteligência, e é o primeiro que se prejudica na cadeia, porque sofre e age errado.
Infelizmente, hoje não podemos ser como eram os antigos, mas creio que nossas raízes guardam o sumo de toda energia encontrada no planeta.
Fico feliz quando ouço minha sobrinha querendo ser uma fada, ela mal sabe das coisas e no fundo SABE! Ela deixa oferendas, faz preces e se comunica com os seres invisíveis.
Eu conto histórias de fadas, gnomos e seres encantados para ela e ela já sabe o que é não machucar um animal e uma planta, ou fazer mal para alguém que ela mesmo pode se prejudicar, mesmo que ela tenha uma outra opinião no futuro, creio que os valores são as principais características que ficarão na mente dela. Toda vez que ela vai pegar uma florzinha nestas plantas de rua, ela pede: "Mãe Natureza, dá licença, vou pegar uma florzinha!" Ela sabe que tem que respeitar e jamais vai prejudicar um ser que não pode se defender dela.
Pelo menos fico feliz de estar ajudando a criar um ser humano consciente.